Vento que balança cana no canavial

Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial
O vento vento o
Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial

Na varanda da casa grande
Coronel descansava na rede
O escravo no canavial
Morria de fome e de sede

Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial
O vento vento o
Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial

Na capela da fazenda
Sinha moça ia se confessar
Coberta com manto de renda
A joelhada no pé do altar

Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial
O vento vento o
Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial

Sinhorinho no terreivo
Maltratava o erê
A mucamba na cozinha
Lamentava por nada fazer

Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial
O vento vento o
Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial

Capataz atordoado
A noite galapava em desespeiro
Uma familia de escravo
Havia fugido do cativeiro

Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial
O vento vento o
Vento que balança cana no canavial
Vento que balança cana no canavial